No último dia 19.03.2025, o IBAMA deu início a Operação Caixa – Forte, com o objetivo de investigar e punir instituições financeiras responsáveis pela concessão de crédito rural a propriedades rurais embargadas por desmatamento ilegal no Bioma Cerrado.
Para fins de apuração das irregularidades, o IBAMA fez uso de uma cadeia de informações envolvendo dados de desmatamentos, autorizações para supressão da vegetação, registro de imóveis rurais e operações de créditos rurais.
Até o momento as investigações levadas à efeito pelo IBAMA autuaram três instituições financeiras localizadas nos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí, em um valor total de R$ 3,63 milhões em multas. Além das penalidades de multa, as punições incluem a suspensão ou proibição de financiamentos, assim como a suspensão e o cancelamento das licenças ambientais.
De acordo com as normas do Manual de Crédito Rural, é proibido às instituições financeiras a concessão de empréstimo a pessoas físicas e jurídicas, que possuam áreas embargadas por desmatamento em imóveis rurais.
Segundo matéria do próprio site do IBAMA “A legislação prevê que os produtores, os bancos, os compradores e os transportadores de produtos ilegalmente produzidos podem ser punidos com multa de R$ 500,00 por unidade do produto produzido na área embargada. Além disso, o produto ilegal pode ser apreendido e aplicadas penas restritivas de direitos, como suspensão ou proibição de financiamento, bem como a suspensão e o cancelamento de licenças ambientais.”
A Operação Caixa- Forte terá novas etapas visando o combate contra o desmatamento ilegal.
Importa consignar que não apenas as instituições financeiras se encontram sujeitas a aplicação de penalidades, mas todo àquele que adquire, intermedia, transporta ou comercializa produto ou subproduto de origem animal ou vegetal produzido sobre área objeto de embargo. Para esses casos, a multa prevista é a de R$ R$ 500,00 por quilograma ou unidade.
Da mesma forma, o proprietário que descumpre total ou parcialmente a pena de embargo se encontra sujeito à aplicação de penalidade de multa de R$ 10.000,00 a R$ 10.000.000,00, além da pena de suspensão da atividade que originou a infração e da venda de produtos ou subprodutos criados ou produzidos na área ou local objeto do embargo infringido e o cancelamento das respectivas autorizações e licenças ambientais.
Por fim, não se pode deixar de consignar que a legislação internacional tem se mostrado cada vez mais rígida com relação à comprovação da regularidade ambiental e social, de forma que se mostra de suma importância que toda negociação/operação seja precedida de uma criteriosa investigação acerca da inexistência de embargos, assim como de demais infrações de natureza ambiental e social.
Nova pesquisa
São Paulo
+55 11 3124 3070
Rua Funchal, 418
22°andar
04551-060 SP Brasil
© 2022 Santos Neto Advogados
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |